
Aldeia Xikrin do Cateté, 2000 (Cesar Gordon)
No dia 25 de outubro de 2000, às 6h20 da manhã, eu pulei da rede ainda zonzo de sono, ao escutar o ruído distante de um motor de avião se aproximando da aldeia. Seria a primeira de uma série interminável de aeronaves que pousariam na pista da aldeia Cateté naquele dia.
Tratava-se da comitiva dos ministros da Justiça e do Meio-ambiente que faziam uma visita aos Xikrin para comemorar a primeira exploração legal e sustentável de madeira certificada realizada por uma comunidade indígena no Brasil.
Os Xikrin fizeram uma recepção magnífica, de sorte que os ministros sentiram-se muito bem e à vontade nas poucas horas em que estiveram na aldeia. Os índios demonstraram satisfação com a visita das autoridades, mas não deixaram de cobrar um apoio mais efetivo para que o projeto de manejo, pioneiro no país, tivesse continuidade, e para que outros povos indígenas que enfrentavam o problema da extração ilegal de madeira em suas terras pudessem um dia celebrar também uma “festa da madeira”.
Foi um exemplo de civilidade. Mas o apoio institucional do governo não veio.
Para saber o que foi o projeto de manejo florestal xikrin, leia aqui.

O então ministro Zequinha Sarney é recpecionado pelo cacique Karangre (Foto CG)

Índias Xikrin cumprimentaram ministros e autoridades (Foto CG)

Cacique Karangre discursa sob olhar atento das jornalistas (Foto CG)

O então ministro José Gregori comemora com os caciques Karangré e Bepkaroti (Foto CG)
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